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PALOP reunidos em Nairobi

10:31 16 Junho em Actividade Sindical
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À margem da 3ª Conferência Regional da UNI ÁFRICA, que decorreu no Quénia em Setembro de 2013, os sindicalistas dos países comunidade lusófonos reuniram-se, no centro internacional de conferências Jomo Keniata, com Secretário geral da UNI GLOBAL UNION, Phillip Jennings,.

Participaram da reunião os sindicalistas de Cabo Verde, Angola e Moçambique. De entre os sindicalistas de destacar os que formam o Fórum de Sindicatos do Sector Financeiro da CPLP e alguns sindicatos de outros sectores, nomeadamente de Angola, Cabo Verde e Moçambique, assim como representantes dos sindicatos dos sectores das bebidas e alimentação, dos transportes, das telecomunicações (Angola) e dos transportes rodoviários de Cabo Verde, como observadores, e ainda o funcionário da UNI ÁFRICA  em Johannesburg, Nelson Mazive.

A reunião foi conduzida pelo Vice Presidente do SNEBA, Filipe Makengo, que fez uma resenha da vida do movimento sindical em Angola e, como membro da direção  do SNEBA que actualmente preside o Fórum, também se pronunciou sobre da vida interna da organização, aglutinadora dos sindicatos do sector financeiros no espaço CPLP. Deu a conhecer ao alto mandatário da UNI GLOBAL, as preocupações e necessidades que a organização a que preside enfrenta e requer.

Neste encontro, o SNEBA defendeu a necessidade de criação de instrumentos jurídico-administrativos para o Fórum, por forma a adoptar a organização de uma entidade jurídica com delineadas linhas de obrigações e deveres para os membros integrantes. A ideia foi amplamente aceite e anuída pelos presentes que, em uníssono, corroboraram com o princípio e que consideraram vital e imprescindível para sobrevivência de qualquer organização que se preze de rigor. Associado aos instrumentos administrativos, foi alvo de atenção a criação de três figuras-chave para o Fórum, responsáveis pela sua condução e acompanhamento, gestão e dinamização.

Os sindicalistas decidiram remeter o projecto dos estatutos a todos os sindicatos da comunidade lusófona sem excepção, para recolha de consensos, para que deste modo os mesmos possam ser discutidos e aprovados na próxima reunião a ter lugar em Maputo. SeNo capítulo da educaçã salientar que Moçambique, por direito e iniciativa, aceitou o desafio de acolher o II Encontro dos Sindicatos do Sector Financeiros da CPLP.

Por seu turno, o Secretário Geral da UNI GLOBAL UNION, rematou que está ao corrente do trabalho que os sindicalistas da comunidade lusófona estão a desenvolver em prol do movimento sindical nacional e mundial por parte dos empregadores e governos.

o, o evento referiu-se à problemática da pandemia do HIV/SIDA, que  constitui um desafio sério em muitos países africanos e no Mundo. Reflectiram e gizaram linhas que  permitirão aos sindicatos disseminar informações  capazes  de desencorajar os comportamentos a serem seguidos pelos cidadãos face a pandemia do HIV/SIDA, que constitui uma ameaça à saúde e ao futuro da humidade, à continuidade do movimento sindical mundial e à manutenção das organizações no seu todo.

A preocupação dos sindicalistas consiste no facto de a pandemia do HIV/SIDA ser factor de enfraquecimento e de destruição da sociedade e da coesão das organizações. Por isso, torna-se imperioso a intensificação de informação, assim como a promoção de sessões de esclarecimento e de educação aos trabalhadores e à sociedade.

Os delegados instaram a UNI ÁFRICA  a uma intervenção mais incisiva junto das suas afiliadas, na área de saúde e segurança ocupacional, no intuito de adotar estratégias para garantir um ambiente de trabalho seguro.

A 3ª Conferência também referiu a insegurança que afecta muitos dos africanos face ao manancial de problemas que o continente enfrenta e que leva a que muitos enfrentem e vivam em medo no seu próprio país. Por essa razão, os participantes foram chamados a reflectirem sobre os abusos dos Direitos Humanos e violações sindicais a que se assiste em alguns países em África. A conferência fez igualmente uma avaliação das condições de trabalho de muitos dos colegas africanos e elaborou estratégias para que de melhor forma se possa fornecer solidariedade aos afectados pelo flagelo do medo laboral dentro do seu próprio país.

Sobre a situação da mulher e da juventude, a Conferência também prestou uma atenção especial a este desidrato e segmentos da sociedade que constituir a maior força activa de trabalho  em África e no Mundo. Não é segredo que as mulheres e jovens são a garantia do mercado de trabalho do continente, razão porque foi criado um painel especifico que debateu os problemas que os afectam, bem como as estratégias para melhor os defender dentro da organização regional e nas suas afiliadas. Também foi referido a necessidade de criação de mecanismos defesa dos dois segmentos face e junto dos sindicatos com vista à criação de estruturas específicas que representem os interesses destas duas classes importantes para a continuidade da humanidade e do movimento sindical mundial.