SNEBA – 24º ANIVERSÁRIO
Declaração
O Secretariado Executivo Nacional, saúda com regozijo e rende uma singela homenagem a todas as Bancárias e a todos os Bancários, no activo e na reforma, pela sua entrega e abnegação ao serviço da Banca e da Sociedade Angolana, que mesmo nos tempos difíceis, estiveram sempre prontos servindo e proporcionando serviços aos clientes particulares, institucionais e empresariais.
Este ano em que o Mundo enfrenta os desafios da Pandemia da COVID-19, os Bancários, mais uma vez, demonstraram a sua determinação e profissionalismo, colocando-se ao serviço da população e da economia nacional, mesmo correndo risco de vida face ao Coronavírus, uma doença totalmente letal, por enquanto, sem cura. Vale aqui reconhecer que os trabalhadores Bancários revelaram o quão imprescindível é o seu papel na Sociedade, colocando-se na linha da frente a par dos trabalhadores do sistema de Saúde e das forças de Defesa e Segurança, para que o País não parasse durante a vigência do Estado de Emergência e do Plano de Contingência concebido pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
O SNEBA reitera e enaltece o brio e profissionalismo de todos os trabalhadores bancários, que de facto demonstraram espirito e dever de verdadeiros guerreiros e servidores públicos.
O 24º aniversário do SNEBA é assinalado num contexto em que o Mundo inteiro, e Angola em particular, se debatem com uma grave situação de saúde pública, a Pandemia da COVID-19, uma doença de efeitos nefastos na vida humana e nos tecidos económico e social. A COVID-19 veio produzir alterações substanciais nos Modus (faciendi e vivend) na sociedade, nas relações sociais entre pessoas e nos centros de trabalho, que obrigam à adopção de novas formas de viver e de estar, pois pelas suas características, a COVID-19 é ainda um inimigo invisível e perigosamente letal. Daí, a necessidade de medidas de auto-defesa (segurança individual), com o uso de materiais de biossegurança (luvas, mascaras, álcool gel, sabão, para higienização e desinfestação dos locais de trabalho), para salvaguarda do bem maior: a Vida.
Nesta vertente a Direcção do SNEBA, faz um veemente apelo às Administrações das Instituições Bancárias e Para Bancárias, para não se descuidarem deste desidrato indispensável para segurança dos trabalhadores do sector e dos clientes, aplicando sem parcimónia as orientações das autoridades sanitárias, nacionais e mundiais, (MINSA e OMS).
Por outro lado, o SNEBA exorta as Bancárias e os Bancários a não hesitarem em denunciar eventuais ausências dos materiais de biossegurança e outros elementos essenciais, que possam colocar em risco a (saúde) vida humana, nos locais de trabalho, pois a vida humana não tem preço.
É mister aqui enfatizar que a Pandemia da COVID-19 veio associar-se à situação económica da sociedade angolana, já de per si de recessão, desde meados do ano de 2014, cujas consequências reflectem-se drasticamente na vida de todos trabalhadores do sector e, inclusive, dos seus agregados familiares, com reflexos negativos no custo de vida.
A OIT alerta que a pandemia da COVID-19, poderá provocar alterações profundas no mercado de trabalho, em vários sectores, com consequências nos postos de trabalho.
Neste capítulo, o SNEBA está atento e jamais se demitirá das suas responsabilidades de representante e defensor da classe Bancária, na busca de soluções viáveis, visando suavizar as condições sociais, culturais, económicas, financeiras, de estabilidade e segurança dos postos de trabalho junto as Administrações dos Bancos, tendo em conta o binómio – Bancos estáveis e saudáveis, trabalhadores alegres e saudáveis.
O SNEBA saúda a operação de recapitalização e reestruturação do BPC, Banco histórico, cujos resultados se esperam ser, efectivamente, positivos para os trabalhadores e para e o País em especial.
O processo de privatização do BCI, Banco de capitais públicos, tem sido acompanhado pela Direcção do Sindicato que espera que o seu desfecho salvaguarde os interesses dos trabalhadores do Banco e da Nação Angolana.
Ao assinalar-se o 24º.aniversário, o SNEBA, mais uma vez, denuncia veementemente as atitudes e comportamentos anti-sindicalismo e de obstaculização da actividade sindical e de sindicalização em clara confrontação as leis em vigor no País, bem como dos normativos da OIT e Carta Magna da Republica de Angola, por alguns Gestores de topo da Banca.
A Direcção do SNEBA apela, mais uma vez, às bancárias e aos bancários, a pugnarem as suas acções com base nos princípios éticos, deontológicos e profissionais.
Às Administrações dos Bancos, o SNEBA apela a um esforço financeiro, visando o aumento dos níveis de formação técnico-profissional dos Bancários, de modo a que estes possam encarar as alterações tecnológicas a que o sector está sujeito. Por outro lado, o fenómeno da digitalização não pode, e nem deve, significar a dispensa da força de trabalho, mais sim, uma oportunidade de proporcionar novos conhecimentos e a adaptação destes à inovação tecnológica no sector financeiro.
A implementação de um qualificador de funções na Banca torna-se indispensável, pois a ausência deste tem redundado em situações de injustiças na gestão de carreiras, razão pela qual a Direcção do SNEBA envidará esforços, de forma a que este instrumento se torne uma realidade no sector.
A Negociação Colectiva é uma base de cooperação e de consensos entre os empregadores e o representante da força de trabalho, o Sindicato, logo, a discussão do ACT é um imperativo da Lei, que deve ser tido em conta. Pese embora o momento conturbado que se vive, ao longo do segundo semestre do ano em curso será submetido aos parceiros (BNA e ABANC) a proposta negocial do ACT.
SNEBA: 24 Anos A Romper Barreiras Contra as Injustiças!
SNEBA: O Valor de União!
Luanda, 31 de Maio de 2020