REUNIÃO SNEBA-BANCO CAIXA GERAL ANGOLA
O Sindicato Nacional dos Empregados Bancários reuniu no pretérito dia 08/07/2024 com representantes da Direcção de Recursos Humanos do Banco Caixa Geral Angola, nomeadamente Dr. Yuri da Silva (Director) e Dr.ª Rossana Santos (Subdiretora).
Pelo SNEBA marcaram presença Filipe Makengo (Presidente), Rui Guimarães (Secretario de Informação e Comunicação), Filipe de Brito (Secretario de Segurança e Saúde no Trabalho) e Luterio Sebastião (Consultor Jurídico).
O encontro foi aberto por Filipe Makengo que indagou os representantes do Banco Caixa Geral Angola sobre a saúde financeira da instituição e sobre se têm ocorrido despedimentos.
Segundo Filipe Makengo, é importante que as instituições financeiras bancárias estejam estáveis para que possa haver estabilidade salarial.
Devido às responsabilidades do SNEBA relativas à partilha de dados estatísticos sobre o sector com instituições internacionais, foi solicitado ao Banco Caixa Geral Angola que comunicasse ao sindicato sempre que houvesse reajustes salariais.
A gestão por objectivos adoptada pela maioria das instituições bancárias tem criado algum desgaste nos trabalhadores devido a cobranças permanentes. Este tema foi igualmente discutido no encontro, pois tem servido de justificação para explicar situações de inadaptação funcional que pontualmente têm ocorrido com alguns trabalhadores. De acordo com o Director Yuri da Silva ex-quadro da petrolífera Chevron, os trabalhadores têm direitos, mas também têm deveres e devem saber respeitar essa fronteira.
O SNEBA alinha pelo mesmo diapasão e está igualmente preocupado com o cumprimento de normas e regulamentos em vigor no sector bancário.
Os desafios que se colocam ao sistema financeiro angolano são significativos. Fruto destes, o Banco Caixa Geral Angola tem vindo a apostar no recrutamento e formação superior dos seus quadros, tendo estabelecido protocolos com as melhores universidades nacionais: Católica; Agostinho Neto; Metodista e ISPTEC. Internamente, criou uma bolsa de formadores para que os trabalhadores melhores preparados possam formar os demais.
Ao nível da governação corporativa o Banco Caixa Geral Angola tem procurado acompanhar as recomendações internacionais, tendo vindo a dedicar-se a temas relacionados como a sustentabilidade ambiental e social dos negócios (ESG).
As desigualdades salariais e de exercício de cargos de gestão são também uma preocupação que o Banco Caixa Geral Angola tem tentado esbater, por forma a melhorar os índices motivacionais dos seus trabalhadores.
Em 2023, efectuou um aumento salarial na casa dos 10% aos seus trabalhadores com o propósito de reduzir a diferença salarial existente na instituição. Participou, também, num estudo sobre equidade salarial no sector bancário promovido pela Associação Angolana de Bancos (ABANC), realizado pela experiente empresa de consultoria Ernest Young.
Anualmente, através da avaliação de desempenho, o banco efectua promoções e ajustes na remuneração dos seus trabalhadores, assim como, efectua distribuição de dividendos.
Pensando no futuro dos seus trabalhadores criou um Plano de Poupança Reforma com uma seguradora nacional em que tem sido, por enquanto, o único contribuinte.
Com um universo de 515 trabalhadores o Banco Caixa Geral Angola, através da sua direcção de capital humano tem vindo a gizar planos de desenvolvimento de carreira, pois defende que os trabalhadores que têm um alto valor para a instituição devem sabê-lo.
Com um salário base a rondar os 450.000 Kwanzas, os trabalhadores inadaptados e com um mau processo de avaliação de desempenho são convidados a abandonar o banco, tendo como ponto de partida negocial o que está estabelecido na Lei Geral de Trabalho.
O departamento de capital humano é porta de entrada e de saída, e o do Banco Caixa Geral Angola mantém-se preocupado com a ética e conduta dos seus trabalhadores, pois é do seu conhecimento que existem funcionários que procuram montar negócios dentro do negócio do banco, e isso não pode ocorrer.