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SNEBA REUNE COM BNA

12:30 22 Novembro em Actividade Sindical
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Realizou-se no pretérito dia 30/10/23 a pedido do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários (SNEBA), na sala Marfim do Edifício Sede do BNA, uma reunião de trabalho entre representantes das duas instituições, na qual participaram os Vice-governadores do BNA, Dr. Pedro Castro e Silva e a Dra. Maria Juliana C. Van-Dúnem de Fontes Pereira, que se fizeram acompanhar pela Directora do Departamento Jurídico, Tania Mussango e a Chefe de Divisão de Gestão de Competências, Eliana de Almeida. 

Da parte do SNEBA fizeram-se presentes o Presidente, Filipe Makengo, o Secretario para as Condições de Trabalho, Filipe de Brito, o Secretario para Informação e Comunicação, Rui Guimarães, e o jurista Braulio de Andrade. 

O encontro de trabalho teve inicio com a indagação por parte de Filipe Makengo aos representantes do BNA sobre: as mudanças que têm vindo a ocorrer no sector bancário; qual o estado motivacional dos trabalhadores do BNA; o que tem vindo a ser feito na área social para apoiar os trabalhadores que perderam o poder de compra; para quando a subscrição do acordo colectivo de trabalho submetido pelo SNEBA; os atropelos aos direitos dos trabalhadores por parte da banca comercial são mais do que evidentes o que pensa o BNA fazer?  

O Vice-Governador Pedro de Castro e Silva chamou a si a responsabilidade de responder às questões relacionadas com a macroeconomia. Segundo o mesmo a inflação esta ligada ao tema da perda do poder de compra do cidadão, sendo que é a principal missão do BNA controla-la, tendo-o conseguido até Março do ano em curso. Com a depreciação da taxa de câmbio houve um impacto significativo na taxa de inflação. O BNA pretende reverter esse quadro e tem vindo a trabalhar com outras instituições para resolver este problema, pois somos uma economia muito dependente de importações. 

Relativamente à perda do poder de compra dos nossos colaboradores, o BNA tem vindo a analisar a situação e a fazer ajustes salariais com base na taxa de inflação. Contudo, neste quesito, apenas teremos novidades no próximo ano. 

No que concerne ao acordo colectivo de trabalho, o mesmo está a ser revisto em paralelo com as políticas de gestão do capital humano. 

Encontro entre o BNA e o SNEBA

Seguiu-se a intervenção da Vice-Governadora Maria Juliana Fontes Pereira, que afirmou que “a motivação dos colaboradores do BNA está boa e que as queixas que vão surgindo o banco procura atender tendo em conta a política social vigente e o contexto macroeconómico do país”. 

Uma das responsabilidades do BNA é a formação, actualização e superação constante dos conhecimentos dos seus recursos humanos de momento o plano de formação para 2024 ainda não se encontra concluído por conta da indefinição do plano estratégico. 

Contudo podemos afirmar que 90% dos nossos colaboradores beneficiaram de empréstimo à habitação, sendo que o crédito automóvel apenas foi disponibilizado para gestores com base num acordo estabelecido com o Banco Millennium Atlântico. 

O processo de reestruturação em curso em várias instituições financeiras a operar em Angola foi igualmente analisado neste encontro, Filipe Makengo, demonstrou a sua preocupação com o futuro dos trabalhadores, do Banco de Comercio e Indústria (BCI), Banco de Poupança e Crédito (BPC) e Banco Economico (BE).  

Segundo o Vice-Governador, Pedro de Castro e Silva, o BCI tem conseguido dar respostas as exigências impostas pelo regulador, apesar de ser uma preocupação a instituição financeira tem cumprido com o que lhe é exigido. 

O BPC é um caso de sucesso apesar dos inúmeros problemas o banco tem conseguido superar-se, o seu sistemas de governação esta estabilizado e o plano de revitalização esta praticamente concluído.

Segundo, Filipe Makengo, o Banco Económico pretende reduzir cerca de 50% a sua força de trabalho, inúmeros jovens perderão o seu emprego e o Banco Central deve preocupar-se com o que esta para vir, não podemos permitir que se repita o que se passou no BCI. 

A situação do Instituto de Formação Bancária foi igualmente alvo de análise, segundo Filipe Makengo a instituição está entregue a sua sorte, e existe a necessidade de revitalizar o mesmo sob pena que assistirmos a sua extinção brevemente.  

Segundo a Vice-Governadora, Juliana de Fontes Pereira, a novo desenho orgânico do BNA não lhe permite que continue a apoiar financeiramente e administrativamente o IFBA, o SNEBA e a ABANC devem unir-se para revitalizar o IFBA, que o BNA cá estará para apoiar caso surja essa necessidade.